Artigo original escrito por Jeff R. Nyquist e publicado em jrnyquist.blog em 20 de junho de 2020. Traduzido por Fábio Ardito em 18 de outubro de 2021.
O aquecimento global sempre foi seguido por um resfriamento profundo dentro de ciclos regulares de dois séculos.
Khabibullo Abdussamatov
Astrônomo, Observatório de Pulkovo
Academia Russa de Ciências
O que eles não te disseram, o que eles não te dirão, o que as suas medidas ativas foram projetadas para esconder de você, é a importância do mínimo solar que se aproxima. Se quisermos entender o timing da estratégia chinesa, em termos de ações desestabilizantes e preparações militares, o próximo mínimo solar precisa ser levado em conta.
O que é o mínimo solar?
Ele envolve um enfraquecimento cíclico do campo eletromagnético do Sol, resultando num período de intenso bombardeamento dos oceanos por raios cósmicos, aumentando a formação de nuvens na parte mais baixa da atmosfera que podem refletir até 60 por cento do calor solar. Os efeitos no clima incluiriam enchentes de primavera mais freqüentes e uma estação de florescimento mais curta nas latitudes ao norte. Seguiria, desse e de outros efeitos, uma diminuição significativa da produção de comida mundial.
O governo russo sabe de tudo isso. O governo chinês também sabe. E ambos vêm se preparando, em segredo. O clima já tem causado perdas de colheitas na China (camufladas pela conversa sobre perdas relacionadas ao COVID-19). Enquanto isso, o ocidente tem sido passado pra trás com uma medida ativa chamada “ciência do aquecimento global antropogênico”. Na realidade, a “teoria do aquecimento global antropogênico” é uma pseudo-ciência. Alguns dos que promoveram essa pseudo-ciência eram agentes de Moscou. Outros eram “idiotas úteis.”
Contrário à narrativa prevalente, o aquecimento global é um fenômeno cíclico – como o Dr. Abdussamatov explicou no seu artigo de 2009. Os dogmáticos do aquecimento global antropogênico têm caluniado o Dr. Abdussamatov, chamando-o de “fraude”. Porém o seu prestígio está em alta no círculos do Kremlin. Alguns anos atrás, quando o interrogaram a respeito do aquecimento global, o presidente Putin disse, “eu acredito num resfriamento global.” Putin sustenta as posições do astrônomo uzbeque, que alguns fatos são sublinhados:
… o ciclo de onze anos e de dois séculos de variações idênticas e sincronizadas de luminosidade, atividade de manchas solares e do diâmetro do Sol, é um dos fatos mais confiavelmente assertivos da física solar.
O clima na Terra sempre tem mudado periodicamente e o nosso planeta tem também experimentado muitos aquecimentos globais, semelhantes aos que observamos [agora]. O aquecimento global sempre tem sido seguido pelo resfriamento profundo…
Em 2015, Abdussamatov publicou um artigo no Thermal Science, intitulado “A Terra está adentrando agora à sua 19a era do gelo.” O governo Russo colocou Abdussamatov no comando de todos os experimentos solares conduzidos na Estação Espacial Internacional. Cientistas russos e oficiais do governo sabem que o Sol é o fator causal número um quando se trata do clima. E eles sabem que o Sol, assim como o sistema solar em si mesmo, opera ciclicamente. Eles também sabem que nós estamos para entrar no 25o ciclo solar, o qual eles acreditam que trará uma década de temperaturas baixas.
Os russos estão certos?
O pesquisador australiano, David Archibald, concorda com os russos. Seu livro é intitulado: O Crepúsculo da Abundânica: Porque a Vida no Século 21 será Feia, Bruta e Curta (N.T.: Twilight of Abundance: Why Life in the 21st Century Will Be Nasty, Brutish, and Short, tradução livre). Archibald cita evidências científicas de que o mínimo solar já está sobre nós. Estamos apenas agora alcançando o fim do período quente. Mas esse não foi um período quente comum. “De 1930 a 2010”, escreve Archibald, “a população mundial cresceu 250 por centro enquanto a produção de grãos cresceu 392 por cento.” Em outras palavras, nós vivemos o maior período de prosperidade da história humana; mas agora, devido a mudanças no Sol, nossa sorte está acabando.
Como se sucede, 1816 foi o pior ano do mínimo solar anterior (também conhecido como Mínimo de Dalton). Archibald alerta: “A repetição da experiência climática de 1816 nos cinturões de grãos da região temperada do mundo resultaria em quase todos os países exportadores de grãos parando de exportar para conservar o consumo doméstico” Ele então lista diversos países que precisam importar grãos para evitar a fome em massa. Quais países correm maior risco? Arábia saudita, Síria, Iraque, Irã, Egito, Israel, Afeganistão, Tunísia, etc. Essas, diz ele, são “população à beira do colapso.” O capítulo de Archibald sobre a China é intitulado, “A China Quer a Guerra” (N.T.: China Wants a War, tradução livre). É apenas natural que um país superpopuloso, incapaz de se alimentar a si próprio, considerasse um caminho de conquista.
Consideremos alguns paralelos históricos. A humanidade tem enfrentado a fome e o frio muitas vezes na história. Isso é quase certamente o que compeliu as tribos germânicas a atravessar o Reno no início do século quinto, resultando na queda do Império Romano do ocidente. Até suspeita-se que o resfriamento global tenha causado o colapso dos impérios sumério e hitita no segundo milênio antes de Cristo. Apesar de não relacionado com o resfriamento global, uma calamidade mais recente é até mais ilustrativa do perigo: a Alemanha experimentou a fome durante a Primeira Guerra Mundial, resultando numa agressão militar para adquirir “lebensraum” (N.T.: habitat). Os alemẽs precisavam de mais terras, disse Hitler, para evitar uma repetição da fome que resultou do bloqueio dos Aliados de 1914-1919. (Favor notar: o bloqueio foi mantido depois da guerra, enquanto a Conferência da Paz de Paris estava em andamento em janeiro de 1919. Em conseqüência, muitas centenas de milhares de crianças alemãs morreram de fome e de doenças.)
Se o resfriamento global ameaça as potências mais importantes com efeitos mais catastróficos que esses sofridos pela Alemanha em 1914-19, quais políticas de agressão são esperadas que surjam? Além do mais, com a população global em precários 7.7 bilhões, a questão de quem passa fome e de quem come se torna uma questão política, uma questão de nacionalidades, e – como o exemplo de Hitler sugere – uma questão de raça. Nesse contexto, nós devemos nos questionar porque a China, como um regime comunista, tem recentemente adotado “o grande chauvinismo Han.” O fundador do partido comunista chinês, Mao Zedong, denunciava o chauvinismo Han. Entretanto, os discipulos de Mao estão adotando essa ideologia racial. À respeito dessa mudança ideológica, devemos nos questionar: foi essa mudança causada pela aproximação do mínimo solar? (N.T.: segundo o professor Olavo de Carvalho, a ideologia para os comunistas é somente a parte mais superficial do discurso que serve apenas ao propósito de dirigir tática e estrategicamente o movimento. Sempre que necessário, os comunistas podem – e devem, mudar de discurso ideológico de acordo com o que traga mais vantagem para o momento ou para o longo prazo. Por definição, comunistas não têm apego às ideias passadas, basta ver como Che Guevara e outras figuras famosas eram abertamente anti-homossexuais e como a militância homossexual se torno um dos carros-chefe da ideologia esquerdista. Não é de se espantar que ela seja, também, invertida radicalmente em breve).
Pense dessa maneira: grandes migrações tribais, envolvendo massas de seres humanos, sob a ameaça da fome, são sabidas de infringir guerra e pilhagem nas nações mais pobres e despreparadas. Os americanos veem a riqueza e proeza tecnológica como vantagens. Mas essas ‘vantagens’ invariavelmente amolecem aqueles que mais se regozijam com elas. Hoje esse amolecimento é chamado de “privilégio branco” – um termo que designa aqueles que estão para ser expropriados, pilhados ou esfomeados. Se Stalin pegou a comida dos “kulaks” ucranianos, matando-os de fome aos milhões para alimentar os bolcheviques nas cidades, como um movimento esquerdista ascendente de hoje distribuiria a comida durante uma fome global? Nós ouvimos a retórica dos revolucionários nas ruas. Se três bilhões de pessoas têm que passar fome, quem será eleito como “kulak,” merecendo a fome? Tocando essa matéria, Lawrence Pierce, autor do A New Little Ice Age (N.T: “Uma nova era do gelo”, tradução livre), escreveu:
A comida será a arma final, e a melhor maneira de derrotar seus inimigos sem ser o cara malvado é apenas encontrar um meio de não mandar comida pra eles
Os Estados Unidos poderiam ser, nessas circunstâncias, um dos poucos países exportadores de comida em prospecto. A importância estratégica da América do Norte, em um mundo superpopulado, não pode ser subestimado da perspectiva de um país, como a China, que contém 1.4 bilhão de pessoas – incapaz de se alimentar a si mesmos da sua própria terra. O puro escopo das terras aráveis da América, e o caráter enganoso dos políticos e generais americanos, fazem do país um alvo tentador na véspera do mínimo solar. A presente ativação de uma quinta coluna comunista no solo americano, e o uso da chantagem econômica (e outras) chinesa na elite americana, prometem dividir (e conquistar) os Estados Unidos no início do 25o ciclo solar. Isso é coincidência ou política? É uma tentativa de pegar o suprimento de comida da América?
Nesse contexto, deveríamos reavaliar uma das mais importantes medidas ativas desenvolvidas pelos comunistas nas últimas três décadas. A conexão última entre o ex-Vice Presidente (e ativista do aquecimento global) Al Gore, Jr. e o proeminente agente da KGB chamado Armand Hammer (veja, o dossê de Edward Jay Epstein, link abaixo), é mais que sugestiva. Juntos com criminosos associados e aliados comunistas no Ocidente, os serviços especiais russos promoveram a teoria do “aquecimento global antropogênico” desde o início. Foi, sem sombra de dúvidas, uma estratégia de engano desde o princípio.
Nossos grandes centros de estudos não têm apenas sucumbido às ordens do marxismo gramsciano (discutido nos meus ensaios anteriores), mas ao absurdo da “ciência do aquecimento global antropogênico.” Se olharmos mais de perto, parece que os nossos grandes centros de estudos estão amplamente formados por fantoches políticos, charlatães e mediocridades brilhantes, cujas palavras e jargões são plagiadas das páginas de revistas “esquerdistas” (N.T.: a palavra original é liberal que, no sentido americano, equivale a esquerdista no Brasil e não liberal, no sentido econômico). Ainda existe uma dúzia de pessoas capazes que foram chutadas para fora da academia – que não são bem-vindas no governo e grandes corporações. Estes estão sendo excluídos por um processo sutil de ostracismo de pares. Estas pessoas que precisamos desesperadamente precisam ser redimidas para a nação. Ao invés da política de desfinanciamento, nós deveríamos cortar os fundos dos nossos “grandes” centros de estudos e criar novas instituições dedicadas à sobrevivência da nação, livre da interferência inimiga e da subversão. Mas primeiro, nós temos que esclarecer. Nós temos que entender que a estratégia do inimigo é a razão por trás do timing da estratégia.
Os leitores são encorajados ao estudo dos links abaixo e a tirar as suas próprias conclusões.
Twilight of Abundance: Why Life in the 21st Century Will Be Nasty, Brutish, and Short https://www.amazon.com/dp/1621571580/ref=cm_sw_r_cp_api_i_zCQ6EbNZMKPA0 — A preliminary sketch.
Edward Jay Epstein, The Hammer File, https://www.amazon.com/-/de/Dossier-Secret-History-Epstein-1996-10-01/dp/B01FKUZHIE/ref=cm_cr_arp_d_product_top?ie=UTF8
https://en.wikipedia.org/wiki/Dalton_Minimum
The Chilling Stars: A New Theory of Climate Change https://www.amazon.com/dp/1840468157/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hAQ6Eb12XR3WC
https://www.whatsorb.com/news/global-warming-by-co2-or-cooling-by-a-grand-solar-minimum
Cold Sun https://www.amazon.com/dp/1426967918/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hxQ6Eb3MN313X
NASA officially denies little Ice Age Theory, clinging to its obsession with CO2 – https://climate.nasa.gov/blog/2953/there-is-no-impending-mini-ice-age/